domingo, 21 de novembro de 2010

Eu te amo, mas...

Mesmo engraçados ou inofensivos, comportamentos cotidianos do parceiro começam a incomodar – e como dar o alerta?

Ele faz piadas sem graça, escuta músicas horríveis ou dá nome para o próprio carro? O amor supera muita coisa e no relacionamento é preciso conviver com o jeito do outro. O que acontece em alguns casos é que as manias do parceiro, que antes eram tão charmosas ou engraçadinhas, começam a irritar ou incomodar no dia a dia.

Reunir essas críticas tão pequenas e tão grandes ao mesmo tempo é o objetivo do site I Love You But, idealizado pelos artistas ingleses Alex Holder e Ross Neil. Os dois perguntaram aos amigos quais eram os hábitos ou características de seus pares que os irritavam e postaram caricaturas de cada um com o depoimento. Entre o material coletado estão frases como “Eu te amo, mas você usa roupas muito pequenas para você”, “Eu te amo, mas você compra todos os presentes de Natal em outubro” ou ainda “Eu te amo, mas você coloca catchup em tudo”.

Revelar que algo incomoda é importante, segundo Ailton Amélio, psicólogo especialista em relacionamentos. Mas isso deve acontecer em uma conversa sem acusações, questionamento de caráter ou intenção de estar sempre certa. A ideia é chegar a consensos para que uma mania não tire mais vocês do sério.

“Eu te amo, mas queria que você gostasse menos de videogame”, diz a publicitária Rachel Juraski, de 27 anos, sobre o marido José Granado. Ele recentemente vendeu os aparelhos em função das brigas, mas revida: “Eu te amo, mas você gosta mais do cachorro”.

Qual o limite
É preciso avaliar o quanto o problema em questão aparece no dia a dia. “O que faz o relacionamento dar certo depende do setor onde está a incompatibilidade. Gostar de Carnaval é um problema que só aparece uma vez ao ano. Já onde sair no sábado a noite é recorrente”, explica Ailton.

“Eu sou assim” ou “Você me conheceu desse jeito” são respostas comuns para as reclamações sobre hábitos ou manias. Para o psicólogo, essa é uma reação defensiva. “O que era bom aos 18 anos não é agradável aos 40. É preciso renegociar. O relacionamento é vivo”, diz Ailton. Mesmo que seja preciso fazer um ajuste fino para garantir a harmonia do casal, vale ter cuidado com a intolerância. Afinal, no namoro ou casamento sempre haverá diferenças.

Retirado de Delas.IG

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