quarta-feira, 12 de maio de 2010

O que excita as mulheres? Não, não é um homem nu


Mulheres! Vejam o esplendor da forma nua masculina: esbelta e poderosa, um milagre de músculos esculpidos, caminhando confiante pela areia ou alongando-se na sua frente em sua glória deslumbrante.

Pensando bem, talvez vocês prefiram outra coisa. Assim dizem os cientistas nas fronteiras da pesquisa em torno da eterna questão do que as mulheres acham erótico. A mais recente resposta parece ser: homens nus não ou ao menos não simplesmente homens nus.

"Para as mulheres heterossexuais, olhar para um homem nu caminhando na praia é tão excitante quanto ver uma paisagem", diz a pesquisadora Meredith Chivers em um novo documentário sobre bissexualidade chamado "Bi the Way", apresentado no festival de cinema de Nova York NewFest, no dia 6 de junho.

O que realmente importa para as mulheres, ao menos no ambiente artificial do estudo em que a voluntária assistia a filmes ligada intimamente e a um aparelho chamado photoplethysmograph, não é o gênero do ator, mas seu grau de sensualidade, disse Chivers. Ainda mais do que pessoas nuas fazendo exercícios, elas ficavam excitadas com vídeos de masturbação e mais ainda por vídeos gráficos de casais fazendo amor. Mulheres com mulheres, homens com homens, homens com mulheres: não importava muito para as mulheres, disse Chivers.

"As mulheres parecem fisicamente não diferenciar entre os sexos em suas respostas sexuais, ao menos as mulheres heterossexuais", disse ela. "Para as mulheres heterossexuais, o gênero não importa. Elas responderam ao nível de atividade".
O trabalho de Chivers acrescenta a um corpo crescente de evidências científicas que coloca a sexualidade feminina em uma continuidade entre a heterossexualidade e a homossexualidade, em vez de um fenômeno excludente. "Ela está assinalando o que é meio óbvio e ainda assim não explorado: que as mulheres são fluidas em sua sexualidade", disse uma das diretoras de "Bi the Way", Josephine Decker, em uma festa após a apresentação do filme em um bar de temática russa.

Os produtores de "Bi the Way" tiraram suas próprias conclusões. "O que começou com uma moda pode ter se tornado uma revolução. Mas, de qualquer forma, está claro que os jovens estão refazendo o mapa da sexualidade", disse a diretora Brittany Blockman no filme, que traça as peregrinações românticas de cinco membros da chamada Geração do Tantofaz.

"Você passa a vida procurando aquela pessoa", disse Ouzoonian, 29. "As genitais não devem importar tanto assim."

Normas, contudo, são coisas complicadas. Decker, 27, uma das diretoras do filme, parece um pouco envergonhada por sua experiência limitada.

Fonte NYTimes - restrito.

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